Vivemos um momento em que a cultura urbana ocidental vem se acostumando às práticas de exercícios e técnicas meditativas que aumentam as percepções do corpo e sua presença no mundo e espaço. É um momento em que as sensações transcendem a matéria. Imerso nesse contexto, o Banco Arrepio é mais uma sensação do que propriamente objeto.
O arrepio é um estímulo que surpreende o corpo, a sensação de um excitante desconforto. No caso deste trabalho, muitos que o observam, se surpreendem ao saber que se trata de um banco. Gera-se um estranho encantamento do olho, que busca revelar o propósito da peça; assim como em um arrepio, a busca pela compreensão do inusitado banco é uma prazerosa inquietação.
O Banco Arrepio é uma lembrança ao usuário do seu estado do corpo e mente. A geometria central se origina de um núcleo esférico que representa o interior do corpo humano, de onde saem os bastões de madeira, de eixos concêntricos, com extremidades para o ar e solo, que representam o exterior do organismo no estado de arrepio, sensitivo e captando o mundo a sua volta.
Banco Arrepio | 2019 - Brasil
L80 x P70 x A50cm
Arquiteto Responsável: Marcelo Macedo
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