Considerou-se a importância simbólica da construção da Unidade Básica de Saúde do Guruji como marco da apropriação da área pela comunidade quilombola, criando um memorial de sua relação com a natureza.

O meio natural sempre ocupou lugar de destaque nas atividades e cultura – seja como forma de sustento e renda na agricultura ou por apresentar condicionantes a serem observadas pelos primeiros quilombolas para sua sobrevivência.

A UBS tem três momentos distintos que requerem respostas arquitetônicas independentes e identificá-las é essencial para dar em cada momento a melhor experiência ao usuário.

O primeiro é o acolhimento, onde o espaço é aberto, e a relação com o exterior é bem vinda; ali, o cobogó foi escolhido por permitir a visão da rua e filtrar a luz. O segundo instante é a circulação de acesso às salas, em tijolo com ventilação e iluminação natural, evitando circulações enclausuradas. Por fim o ambiente asséptico totalmente branco dos consultórios, que tem sua frieza reduzida pela natureza enquadrada pela caixilharia.